A Mesa da sessão: Álvaro Seco, Carlos Encarnação, José Dias (que moderou o debate) e Massano Cardoso
Tal como fora anunciado, decorreu na noite da passada segunda-feira, dia 27 de Novembro, na Casa Municipal da Cultura, o debate sobre "Transportes e Mobilidade", promovido pelo Conselho da Cidade, em que participaram, como palestrantes, Álvaro Seco, Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, Massano Cardoso (Professor da Faculdade de Medicina e Provedor do Ambiente e Qualidade de Vida do Município de Coimbra) e Carlos Encarnação (Presidente da Câmara Municipal de Coimbra).
Presentes mais de meia centena de pessoas, muitas das quais colocaram pertinentes questões aos palestrantes, após as intervenções por eles efectuadas.
Álvaro Seco fez uma abordagem técnica ao problema dos transportes em Coimbra, exibindo diversos quadros e números para sustentar as suas posições, das quais avulta a necessidade de desincentivar a vinda dos automóveis para o miolo urbano. Para tal defendeu que os lugares de estacionamento deveriam ser pagos (ao contrário do que sucede hoje, em que maioria ainda são gratuitos) com menor preço nas primeiras duas horas de utilização e substancial agravamento nas seguintes. Sustentou ainda que o serviço da Ecovia poderia ser mantido, introduzidas que fossem algumas alterações que estimulassem a sua utilização.
Massano Cardoso lançou um preocupante alerta sobre as consequências, para a saúde, da poluição que se verifica em Coimbra, provocada pelo trânsito rodoviário. Segundo ele, à medida que os estudos científicos têm evoluído mais se comprovam os malefícios dessa poluição automóvel, através das partículas tóxicas libertadas pelos escapes (incluindo as descobertas mais recentemente, designadas por nanopartículas) , que provocam, sem que as pessoas disso se apercebam, milhares de mortes, através de doenças do sistema respiratório mas também do foro cardíaco.
Carlos Encarnação concordou com grande parte das sugestões adiantadas por Álvaro Seco, partilhou as preocupações de Massano Cardoso e anunciou que vai aumentar substancialmente (para cerca de mais dois mil) o número de lugares de estacionamento pagos em Coimbra, a par de uma maior fiscalização para punir os prevaricadores. Quanto à Ecovia, referiu que o serviço se manterá, só que em moldes diferentes, uma vez que não é possível suportar o défice actual. Assim, os utentes dos parques Ecovia poderão continuar a estacionar neles as suas viaturas e a utilizar os autocarros normais, enquanto os mini-autocarros que actualmente servem a Ecovia serão usados para carreiras regulares com menor número de passageiros, nomeadamente à noite.
Todos os presentes concordaram ser inadmissível que, desde há muitos anos, o Estado pague muitos milhões do dinheiro dos contribuintes para "indemnizações compensatórias" aos transportes urbanos de Lisboa e do Porto, não concedendo um cêntimo aos de Coimbra.
No animado debate que se seguiu, ouviram-se elogios ao serviço Ecovia, mas também críticas à forma como alguns motoristas dos outros autocarros dos SMTUC se comportam para com os passageiros e ao facto de muitos desses autocarros estarem largos minutos parados, com os motores a trabalhar, "a fazer horas".
Tal como fora anunciado, decorreu na noite da passada segunda-feira, dia 27 de Novembro, na Casa Municipal da Cultura, o debate sobre "Transportes e Mobilidade", promovido pelo Conselho da Cidade, em que participaram, como palestrantes, Álvaro Seco, Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, Massano Cardoso (Professor da Faculdade de Medicina e Provedor do Ambiente e Qualidade de Vida do Município de Coimbra) e Carlos Encarnação (Presidente da Câmara Municipal de Coimbra).
Presentes mais de meia centena de pessoas, muitas das quais colocaram pertinentes questões aos palestrantes, após as intervenções por eles efectuadas.
Álvaro Seco fez uma abordagem técnica ao problema dos transportes em Coimbra, exibindo diversos quadros e números para sustentar as suas posições, das quais avulta a necessidade de desincentivar a vinda dos automóveis para o miolo urbano. Para tal defendeu que os lugares de estacionamento deveriam ser pagos (ao contrário do que sucede hoje, em que maioria ainda são gratuitos) com menor preço nas primeiras duas horas de utilização e substancial agravamento nas seguintes. Sustentou ainda que o serviço da Ecovia poderia ser mantido, introduzidas que fossem algumas alterações que estimulassem a sua utilização.
Massano Cardoso lançou um preocupante alerta sobre as consequências, para a saúde, da poluição que se verifica em Coimbra, provocada pelo trânsito rodoviário. Segundo ele, à medida que os estudos científicos têm evoluído mais se comprovam os malefícios dessa poluição automóvel, através das partículas tóxicas libertadas pelos escapes (incluindo as descobertas mais recentemente, designadas por nanopartículas) , que provocam, sem que as pessoas disso se apercebam, milhares de mortes, através de doenças do sistema respiratório mas também do foro cardíaco.
Carlos Encarnação concordou com grande parte das sugestões adiantadas por Álvaro Seco, partilhou as preocupações de Massano Cardoso e anunciou que vai aumentar substancialmente (para cerca de mais dois mil) o número de lugares de estacionamento pagos em Coimbra, a par de uma maior fiscalização para punir os prevaricadores. Quanto à Ecovia, referiu que o serviço se manterá, só que em moldes diferentes, uma vez que não é possível suportar o défice actual. Assim, os utentes dos parques Ecovia poderão continuar a estacionar neles as suas viaturas e a utilizar os autocarros normais, enquanto os mini-autocarros que actualmente servem a Ecovia serão usados para carreiras regulares com menor número de passageiros, nomeadamente à noite.
Todos os presentes concordaram ser inadmissível que, desde há muitos anos, o Estado pague muitos milhões do dinheiro dos contribuintes para "indemnizações compensatórias" aos transportes urbanos de Lisboa e do Porto, não concedendo um cêntimo aos de Coimbra.
No animado debate que se seguiu, ouviram-se elogios ao serviço Ecovia, mas também críticas à forma como alguns motoristas dos outros autocarros dos SMTUC se comportam para com os passageiros e ao facto de muitos desses autocarros estarem largos minutos parados, com os motores a trabalhar, "a fazer horas".